sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Exército Americano

A liberdade do ser humano é uma das questões mais debatidas na sociedade atual. Mas essa discussão é mais longa do que se pensa. Um dos mais famosos e respeitados pensadores do século XVIII, Jean-Jacques Rousseau, já discutia a liberdade, tomando o assunto como um dos principais objetos de seus estudos.
Rousseau acreditava que o Estado deveria garantir o bem comum através das leis e os indivíduos, em troca, deveriam proteger o Estado, através de um contrato social, no qual eles abdicam de sua liberdade para exercer uma servidão coletiva.
Para exemplificar os conceitos de contrato social e servidão coletiva, podemos citar o exército americano devido à não obrigatoriedade do exercício. Como no Brasil, o serviço é obrigatório, esse conceitos não são aplicáveis.
O exército americano funciona da seguinte maneira: é livre. Os cidadãos, a partir dos 18 anos, podem candidatar-se para servir seu país de maneira remunerada. No entanto, caso haja alguma emergência, os jovens são intimados. Sendo assim, a liberdade individual de cada um é preservada.
            La Boetie argumenta em seu texto “Servidão Voluntária” que as pessoas servem por costume. Elas são ensinadas desde pequenas a obedecer sem questionamento, seja os pais em casa ou os professores na escola e, quando atingem a idade adulta, o exército.
            No âmbito individual, Rousseau argumenta que o ser humano é naturalmente bom e sempre busca a perfeição, a honra e a glória, no caso do Exército, através da guerra. Assim, concluimos que a servidão voluntária tem também um objetivo pessoal, além da proteção do Estado.

3 comentários:

  1. A questão do exército norte-americano é interessante, mas até então desconhecida por mim. Talvez isto aconteça lá, pois é um país extremamente patriota e não pelo fato de a população ser totalmente livre. Aqui no Brasil, se o alistamento não fosse obrigatório, com certeza quase ninguém apareceria para se alistar.
    Concordo com vocês que o homem troca sua liberdade para ter uma proteção do Estado, ou do soberano e que também serve por costume, por não conhecer a liberdade, apesar de esta ser fácil de se conseguir, segundo La Boétie.
    Achei que faltou vocês pontuarem o fato de que Rousseau acredita que a educação é uma forma de fazer o homem tomar as rédias de sua própria vida, se libertando da servidão. Existindo uma saída para o homem que se encontra neste estado.

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  2. Muito dinâmico esse texto. Vocês abordaram exatamente o que o tema pedia e aprofundaram questões chaves do autor. Acho que nessas duas frases resume o que vocês postaram: "Obedecer a lei que se prescreve, é um ato de liberdade." e "O homem nasce livre, mas por toda parte encontra-se aprisionado." - servidão voluntária. Gostei.

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  3. Kauana Araújo Moreira30 de junho de 2011 às 23:32

    Queridos colegas, devo dizer que achei a abordagem do texto de vocês bem interessante porque, antes de tudo, trouxeram para o assunto do texto, um exemplo que gera polêmica e que muito de nós conhecemos bem; falar sobre os Estados Unidos e sobre a sua conduta é sempre muito interessante, dependendo de como se aborda e no caso de vocês, foi bem válido, devo dizer.
    Lá, bem diferente daqui, os jovens não são obrigados a serem o exército e o que vemos é que muito deles, deixam de lado sua liberdade e encaram as pequenas guerras e conflitos que os Estados Unidos sempre inventam.
    O nacionalismo americano permite que essas pessoas tenham em mente que não são obrigadas a servir, devem servir se querem ou não. O Estado sempre vai e deve intervir, disso não tenhamos dúvida, mas no caso dos americanos, quem vai para a guerra é quem permitiu que sua liberdade fosse burlada. Aqui, no Brasil, a obrigatoriedade faz com que não seja uma servidão voluntária e o que mais vemos, são jovens que nunca e jamais terão pretensão de servir o exército. Talvez porque além do objetivo ser totalmente diferente, proteger o Estado e a nação não seja lá a vontade deles afinal, o brasileiro está conformado e é esse conformismo, que faz com que fiquemos sempre na zona de um país emergente. Alegre, de bem com a vida mas muito inferior.


    Kauana Araújo Moreira
    RA 00100615

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